Por Rosângela Ribeiro Gil
Representantes de 473 meios impressos, audiovisuais e digitais alternativos de toda a Venezuela começaram a criação do Plano Nacional de Comunicação Alternativa e Comunitária 2014-2019. Foi no II Encontro Nacional realizado pelo Centro de Formação Simón Bolívar de Los Teques (Estado de Miranda, ao sul de Caracas). O evento, que aconteceu no dia 19 último, foi aberto por Reinaldo Escorcia, diretor geral dos Meios Alternativos e Comunitários do Ministério do Poder Popular para a Comunicação e a Informação (Mippci). Os participantes definiram quatro temas principais para discussão: formação, produção de conteúdos, projetos socioprodutivos e uso responsável da comunicação dentro do espectro radioelétrico.
Entre as propostas está a criação da Escola Nacional de Formação da Comunicação Popular para o Desenvolvimento da Educomunicação, assim como o reconhecimento acadêmico por meio de um título universitário que avalie o conhecimento dos comunicadores populares.
Já a discussão sobre a produção de conteúdos se orienta no sentido de tornar visíveis os processos e vivências das comunidades, criar programas educativos e outros dirigidos para impulsionar a articulação do Poder Popular com os comunicadores, assim como gerar conteúdos com elementos que desmontem as lógicas da dominação e da alienação.
Na área socioprodutiva, os participantes do encontro consideram fundamental a aprovação da Lei de Comunicação Popular. Também destacaram a necessidade de fortalecer o caráter associativo dos meios para torná-los mais eficientes.
O Ministério da Comunicação ficou responsável em abrir o debate e fazer o acompanhamento político-técnico, com intuito de cumprir o estabelecido no Plano da Pátria e garantir o direito do povo a ser informado de forma verdadeira e oportuna e ao livre exercício da informação e comunicação.
Informações levantadas a partir do site América XXI – desde Venezuela para todo el continente e do Mippci.